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Imagem do Google Fotos. |
Se
estudar à distância já foi sinônimo de solidão, hoje não é mais. A
tecnologia tem contribuído cada vez mais para aproximar estudantes de
diferentes regiões do país. É o caso de Welisson Barbosa, de 18 anos,
que utiliza uma plataforma de ensino à distância para se preparar para o
vestibular. Seu sonho é passar em Medicina na cidade onde mora, Foz o
Iguaçu (PR). Ele acredita que estudar pela web é o ideal para aquelas
pessoas que têm dificuldade de se relacionar pessoalmente e preferem
falar pela internet.
"A
maioria dos meus amigos são virtuais e somos muito unidos. O colega que
eu mais converso mora em São Paulo, a mil quilômetros daqui. Várias
vezes por semana abrimos conferências no Skype e estudamos juntos. Ele é
melhor em exatas e me ajuda com essas disciplinas", conta Barbosa, que
retribui com seu conhecimento nas matérias de humanas, nas quais seu
amigo encontra mais dificuldade.
E
essa parceria não se restringe aos estudos. Nos finais de semana, eles
se encontram no ambiente online para falar da vida e até de
política. "Nesse assunto, a gente diverge um pouco. Quando discutimos
quais seriam as medidas mais importantes para melhorar o país, ele tem
uma visão mais capitalista e eu, mais social", comenta.
De acordo com Larissa Calazans, professora de Matemática do Stoodi- startup de educação à distância que oferece videoaulas, planos de estudos e monitorias transmitidas ao vivo -,
este espírito colaborativo é um dos grandes atrativos desta forma de
estudar. "Existem milhares de grupos de estudo nas redes sociais e vejo
que os alunos têm muito presente essa vontade de trocar conhecimento e
experiências. Muitos deles não se encaixavam em nenhuma turma e
agora se identificam com esta: se sentem pertencendo ao grupo de alunos
que estudam à distância", diz.
No
entanto, a professora faz a ressalva que é essencial complementar a
experiência com a convivência presencial com outros amigos. "Orientamos
sempre que eles cultivem amizades presenciais. O que percebemos que
acaba acontecendo é que essa liberdade em interagir pela internet,
muitas vezes, funciona como o pontapé inicial para esses alunos mais
retraídos se soltarem mais em suas relações interpessoais no mundo
real", explica.
Larissa
faz monitorias semanais com os alunos ao vivo pela internet e diz
conversar com a câmera como se estivesse olhando nos olhos dos
estudantes. "Faço as brincadeiras necessárias em salas de aula para
chamar a atenção deles e dou até bronca quando eles mandam uma pergunta
com um enunciado confuso. Faz parte do papel do professor", conta a
professora.
Para
ela, outro ponto interessante de ensinar à distância é que,
diferente de uma sala de aula, aonde o conhecimento chega para 50 ou
60 alunos, ela tem a possibilidade de atingir centenas de milhares de
alunos em diversas partes do Brasil.
Moradora
de Porto Seguro, Vitória Nobre tem 18 anos e é outra aluna entusiasta
da educação à distância. "Encontramos tanta identificação com os colegas
dos grupos de estudos porque todos estamos lá atrás do mesmo objetivo:
conseguir a tão sonhada aprovação. Lá tiramos nossas dúvidas, ajudamos
uns aos outros nas questões mais difíceis, damos apoio a quem precisa e
até desabafamos. Somos tipo uma família", diz.
Vitória
sentiu a força destes laços de amizade quando passou por um problema
sério de saúde na família. No ano passado, seu pai teve câncer e ela
teve que viajar pra cuidar dele, se afastando dos estudos. Mesmo ficando
meses longe, quando voltou,seu celular não parava de tocar. "Eram meus
amigos virtuais perguntando como eu estava e me contando os resultados
dos vestibulares. Comemorei muito junto aos que passaram e chorei com
todos aqueles que não conseguiram a aprovação. Neste ano estamos juntos
novamente, firmes nos estudos", finaliza.
Sobre o Stoodi
Lançado
em 2013, oStoodi é uma startup de educação à distância que oferece
videoaulas, planodeestudos e monitoriastransmitidasao vivo. A plataforma
nasceu com o objetivo de democratizar o acesso à educação no país,
oferecendo uma plataforma intuitiva e acessível para facilitar a vida
dos estudantes em fase pré-vestibular e de alunos do ensino médio
que precisam de reforço escolar. A plataforma já conta com 600
mil alunos cadastrados e 40 milhões de aulas assistidas, que
correspondem a5milhões de horas de conteúdo.
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