"Dois
em cada dez pacientes com este câncer são diagnosticados em fases
avançadas da doença, o que torna o tratamento mais difícil", afirma
urologista

Anualmente
a campanha do Novembro Azul tem como objetivo informar a população
sobre o que é o câncer de próstata. Um dos focos da mobilização
mundial é incentivar os homens a manterem consultas de rotina com
urologista. O especialista é capaz de realizar uma avaliação
individualizada sobre o risco de desenvolvimento do câncer de próstata.
O câncer de
próstata é a doença que mais acomete o homem (excetuando-se o câncer de
pele não melanoma), e a segunda causa de morte por câncer na população
masculina, atrás apenas do câncer de pulmão. No Brasil, anualmente, mais
de 61 mil pacientes são diagnosticados com a doença.
"Infelizmente,
hoje em dia dois em cada dez pacientes com câncer de próstata são
diagnosticados em fases mais avançadas da doença, o que torna o
tratamento mais difícil", pondera o urologista Rafael Buta, da Aliança
Instituto de Oncologia, localizado de Brasília.
Apesar da
gravidade, a maioria das vezes a doença tem instalação e desenvolvimento
lento. Nas fases iniciais o paciente não apresenta sintomas
relacionados ao câncer de próstata, porém com o passar do tempo, o tumor
cresce e pode ocasionar sangramentos, obstrução do jato urinário e dor
na pelve. Em fases mais avançadas, as células malignas podem espalhar-se
pelo corpo, causando lesões nos ossos, pulmões e outros órgãos.
De acordo com
o médico, a principal forma de prevenir o câncer de próstata ainda é
com detecção precoce da doença. Exames iniciais como dosagens do PSA
(sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) e o exame
físico da próstata são fundamentais. "Quando a próstata sofre algum
dano, seja ele decorrente de inflamação, infecção, crescimento benigno
ou surgimento de câncer, o PSA é detectado em valores mais altos no
sangue", exemplifica Rafael.
Caso o PSA e o
exame físico estejam alterados, o urologista solicita uma biópsia da
próstata. Nesse procedimento são retirados fragmentos da glândula e
analisados pelo patologista. Somente assim é possível afirmar com
certeza o diagnóstico de câncer de próstata.
A partir dos
50 anos todo homem deve consultar um urologista regularmente para uma
avaliação individualizada. Por meio desta avaliação inicial, que
inclui analise dos fatores de risco, o médico define a
periodicidade de realização dos exames. Caso o paciente seja
negro ou tenha parentes de primeiro grau com história de
câncer de próstata, o indicado é que a avaliação seja iniciada aos 45
anos.
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