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No
início da sessão ordinária dessa segunda-feira, 5 de fevereiro, a
presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Raquel
Dodge, comunicou aos conselheiros a assinatura do decreto que cria o
Documento Provisório de Registro Nacional Migratório, instrumento que
garantirá direitos constitucionais e acesso a serviços públicos a
migrantes e refugiados no Brasil. A medida foi oficializada pelo
presidente da República, Michel Temer, na manhã do mesmo dia, a partir
do trabalho articulado do CNMP com outras instituições junto ao
Planalto.
"O problema dos refugiados tem crescido no Brasil. É preciso
enfrentar no nascedouro esse boom de novos migrantes, sob vários
aspectos. Em primeiro lugar, a acolhida humanitária que devemos a todas
as pessoas necessitadas. Em segundo, para que o Estado brasileiro possa
organizar os seus serviços, que são obrigatórios para com os nacionais,
os estrangeiros e também para os migrantes", afirmou Raquel Dodge.
De acordo com o decreto, o documento será emitido pela Polícia
Federal e permitirá ao portador o exercício de direitos como expedição
da carteira de trabalho, abertura de conta bancária e acesso aos
serviços públicos, em especial, relativos à educação, saúde, previdência
e assistência social. O registro contará com dados biográficos e
biométricos, código de barras no padrão QR code e informações de que o
titular "não poderá ser deportado fora das hipóteses legais" e "tem
assegurado os mesmos direitos dos migrantes em situação regular no
país".
Outros projetos
Ao relatar as atividades da instituição em 2018, a presidente também citou o acordo firmado entre o CNMP e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a ampliação do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid). Assinado no dia 1º de fevereiro, o instrumento de colaboração permitirá acesso ao banco de dados biométricos do Tribunal nas buscas a pessoas desaparecidas.
Dodge lembrou, ainda, a missão realizada em Londres para tratar do
combate ao trabalho escravo contemporâneo, que contou com a participação
da Secretária de Direitos Humanos e Defesa Coletiva do CNMP, Ivana
Farina. A presidente também anunciou aos conselheiros que será
implantado o "Projeto 30 anos" para celebrar três décadas da
Constituição Federal e do novo Ministério Público, com ações articuladas
da Presidência e das unidades do Conselho acerca do tema.
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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018
Raquel Dodge destaca trabalho do CNMP na defesa dos direitos dos migrantes e refugiados
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