
O Relatório da Situação Volumétrica dos principais reservatórios do
Estado, divulgado pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (IGARN),
nesta segunda-feira (5), aponta que a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves
(ARG) saiu do volume morto com as recentes recargas de água recebidas
após as chuvas. Apesar da boa notícia, a cota mínima de água do
manancial antes de entrar no chamado volume morto é de 35m e atualmente
ela se encontra com 35,03m, ou seja, a diferença é de apenas 3
centímetros, como o consumo médio é de 2cm por dia no reservatório, se
não houver reposição de águas, ele poderá voltar ao nível crítico ainda
esta semana.
Josivan Cardoso, diretor-presidente do Igarn, alerta que a continuidade
das precipitações chuvosas é essencial para que a situação do maior
reservatório do Estado, que possui capacidade para 2,4 bilhões de metros
cúbicos de água, e está com 284,986 milhões de m³, possa atingir nível
realmente confortável, não só para o abastecimento atual, mas também
para suportar até o próximo período chuvoso. “Mesmo saindo do volume
morto, alertamos que precisa continuar chovendo para que o nível se
mantenha e se eleve, pois mesmo com o controle e a Fiscalização as águas
da ARG continuam sendo usadas para os abastecimentos dos municípios
potiguares que dependem de suas águas”, explica o Josivan Cardoso.
Dos 47 reservatórios com capacidade superior a cinco milhões de metros
cúbicos, monitorados pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por
meio do Igarn, 17 continuam em volume morto e 15 estão secos. No
relatório divulgado posteriormente ao carnaval, 17 estavam em volume
morto e 16 secos. O açude Marcelino Vieira, situado na cidade de mesmo
nome, estava seco e agora se encontra com 371.988 mil metros cúbicos, ou
3,32% do seu volume total que é de 11,200 milhões de metros cúbicos, ou
seja, está em volume morto.
Com relação aos outros dois maiores reservatórios estaduais, a situação
permanece estável, já que mesmo com a utilização de suas águas, seus
índices permaneceram muito parecidos. Segundo maior reservatório do
Estado, a barragem Santa Cruz do Apodi praticamente não teve mudança no
seu volume e está com 13,84%, o que corresponde a 82,978 milhões de
metros cúbicos dos 599 milhões que acumula quando cheia. A barragem de
Umari, em Upanema, também seguiu o mesmo cenário, permanecendo com 13%
de sua capacidade, 39,230 milhões de m³ dos 292 milhões que acumula no
seu volume total.
A Bacia Apodi/Mossoró está com 129,113 milhões de metros cúbicos, o que
corresponde a 11,73% da sua capacidade hídrica superficial total. Já a
Bacia Piranhas/Assu está com 355,667 milhões de m³, 11,99% do seu volume
total superficial, a pesar do valor apresentado, nesta bacia, mesmo com
a utilização das águas dos principais mananciais, houve um pequeno
aumento de volume, ainda que irrisório do ponto de vista percentual.
Sobre os volumes das principais lagoas potiguares
A Lagoa de Extremoz, responsável por parte do abastecimento da Zona
Norte da Capital, está com 7,840 milhões de metros cúbicos,
correspondente a 71,15% do seu volume máximo, que é de 11 milhões de m³.
Já a Lagoa do Jiqui que possui 440 mil metros cúbicos e abastece parte
da Zona Sul de Natal permanece completamente cheia. A Lagoa do Bonfim,
que fornece água para a Adutora Monsenhor Expedito, está com 52,54%,
44,275 milhões de metros cúbicos dos 84,2 que possui quando cheia.
Fonte: O Natalense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário