
O médico suspeito de estuprar pacientes em uma Unidade de Pronto
Atendimento (UPA), no Recife, foi preso pela Polícia Civil nesta
sexta-feira (2).
Segundo os investigadores, foram registradas mais de sete denúncias
contra ele nos últimos dias. Uma jovem de 18 anos foi a primeira vítima a
procurar a polícia, no dia 21 de fevereiro.
O suspeito foi identificado como Kid Nelio Souza de Melo, de 35 anos.
Ele prestou depoimento na sede do Departamento de Polícia da Mulher
(DPMul), no Bairro do Recife, na região central da capital, onde
detalhou como os crimes eram cometidos durante o depoimento às
delegadas. Com um mandado de prisão, o médico saiu do local por volta
das 16h50 para o Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna
(Cotel), em Abreu e Lima.
Na consulta ao site do Conselho Regional de Medicina em Pernambuco
(Cremepe), é possível ver que o médico transferiu o registro
profissional do Rio Grande do Norte para Pernambuco e tem como
especialidades traumatologia e ortopedia.
Chefe da Polícia Civil, Joselito do Amaral já havia dito, em entrevista
nesta semana, que eram "grandes as possibilidades" de o médico ser
considerado um criminoso em série, dado o número de denúncias que
estavam chegando às autoridades.
Entenda o caso
A primeira vítima declarou, em depoimento, ter sido molestada pelo
médico no dia 21 de fevereiro. A direção da UPA afastou o suspeito das
atividades na unidade e afirmou que iria "tomar todas as medidas
cabíveis".
A jovem havia mencionado que foi atendida por um médico traumatologista e
que o crime ocorreu quando ela voltou ao consultório em que foi
atendida para mostrar um exame de raio-X. Segundo a delegada da Mulher,
Gleide Ângelo, a vítima estava muito nervosa quando chegou à delegacia e
não conseguia falar com detalhes o que aconteceu. Assim que ela relatou
o estupro, foi direcionada aos exames.
Na quinta-feira (22), a polícia divulgou que estava investigando a
existência de uma possível segunda vítima. As investigações sobre o caso
correm sob sigilo, com a chefia da delegada Ana Elisa Sobreira, que
afirmou ter feito as ouvidas das vítimas. Dias depois, o chefe da
Polícia Civil informou que chegavam a cinco as denúncias.
O Conselho Regional de Medicina em Pernambuco (Cremepe) abriu sindicância para apurar a conduta do profissional.
Fonte: G1.
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