Irregularidades aconteceram entre dezembro de 2016 e abril deste ano, segundo o Ministério do Trabalho

Carteira de trabalho (Foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas)
O Rio Grande do Norte teve 366 requerimentos bloqueados pelo Ministério
do Trabalho desde a entrada em operação do sistema de Detecção e
Prevenção à Fraude no Seguro-Desemprego (Antifraude), em dezembro de
2016. Até abril de 2018, o estado registrou mais de R$ 2 milhões em
fraudes. “São recursos que estavam sendo desviados por quadrilhas em
Pernambuco. Mas a fiscalização com o sistema Antifraude está impedindo a
ação desses criminosos e preservando o direito dos trabalhadores”,
afirmou o ministro do Trabalho, Helton Yomura.
O maior número de casos foi registrado em Natal, a capital do estado,
onde 286 fraudes bloqueadas totalizaram um valor de R$ 1,7 milhão.
Depois, destacaram-se os casos de Apodi, com 29 fraudes que chegaram a
R$ 156,2 mil; Pau dos Ferros, que teve 24 requerimentos bloqueados,
chegando a R$ 109 mil; e Açu, que em 13 fraudes bloqueadas atingiu R$
57,4 mil. Todas as 366 fraudes do Rio Grande do Norte ocorreram na
modalidade Emprego Formal.
Nacional
Em todo o Brasil, o sistema de Detecção e Prevenção à Fraude no
Seguro-Desemprego (Antifraude) implantado pelo Ministério do Trabalho
(MTb) em dezembro de 2016 já proporcionou uma economia de quase R$ 1
bilhão aos cofres públicos até abril de 2018. Com quase 62 mil
requerimentos bloqueados nesse período, o Antifraude chega perto de R$
313,7 milhões em fraudes bloqueadas em todo o Brasil. “Esses recursos
seriam levados por quadrilhas organizadas que, ao longo do tempo,
fraudaram e roubaram o dinheiro dos cofres públicos, mas agora elas
estão sendo identificadas e interceptadas, com o uso da tecnologia de
ponta”, afirma o ministro do Trabalho substituto, Helton Yomura.
Implantado no âmbito da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego
(SPPE), o sistema Antifraude é uma solução de análise, que utiliza
tecnologia de ponta para colher dados, informações e conhecimentos,
subsidiando o processo de detecção de indícios de fraudes, conluios e
riscos associados à gestão de recursos do Seguro-Desemprego, em todas as
suas modalidades – Emprego Formal, Doméstico, Pescador e Bolsa
Qualificação.
O secretário-executivo do MTb, Leonardo Arantes, explica que esta
solução também inclui funcionalidades e recursos tecnológicos para
auxiliar e alavancar as atividades de controle quando há manipulação,
análise e tratamento de grandes volumes de dados. “Assim, construímos no
Ministério do Trabalho uma Arquitetura de Informação, tipo Big Data,
para combate à fraude”, diz Arantes.
A economia total, no montante exato de R$ 965.589.391,00 até agora,
inclui a soma de R$ 313.695.406,00 em fraudes já bloqueadas e R$
651.893.985,00 em ilícitos previstos. No primeiro caso, a fraude já
ocorreu, mas o MTb conseguiu impedir o pagamento de parcelas previstas;
no segundo, são consideradas fraudes evitadas desde o início do projeto,
além de uma projeção da Coordenação do Seguro-Desemprego de ilícitos
que seriam cometidos nos próximos 12 meses, mas que foram impedidos com o
uso da tecnologia. “A previsão é de chegar ao total de R$ 1 bilhão em
economia para os cofres públicos em breve”, explica o ministro Helton
Yomura.
Desde a criação do sistema, o Ministério do Trabalho, em conjunto com a
Polícia Federal, já deflagrou cinco operações de combate a fraudes no
Seguro-Desemprego, que resultaram em 31 prisões.
G1RN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário