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Diretora do Departamento de Estruturação e Integração dos Sistemas Públicos Agroalimentares do MDS, Patrícia Gentil. |
Garantir uma alimentação saudável e
adequada para toda a população brasileira. A fim de atender essa demanda
e construir uma metodologia capaz de mapear os territórios que ainda
não têm a oferta e a disponibilidade de produtos como frutas, verduras e
hortaliças, o governo federal está promovendo a II Oficina sobre Desertos Alimentares no Brasil, nesta segunda-feira (28), em Brasília.
Na segunda edição do debate, a Câmara
Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) –
presidida pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) – e
pesquisadores da área debateram sobre a classificação dos territórios,
dos estabelecimentos que fornecem alimentos e a possibilidade de
realizar o levantamento com o objetivo de aprimorar as políticas
públicas de Segurança Alimentar e Nutricional.
Segundo a secretária adjunta de
Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Lilian Rahal, a discussão é
importante para definir o padrão alimentar do povo brasileiro e combater
duas situações no país: a insegurança alimentar em alguns municípios e o
sobrepeso e a obesidade – cerca de 54% da população brasileira está
acima do peso. “Precisamos saber quais são esses vazios de abastecimento
de alimentos saudáveis para direcionarmos as nossas políticas já
existentes de forma articulada e elaborar novas ações para
disponibilizarmos esses produtos.”
De acordo com a diretora do
Departamento de Estruturação e Integração dos Sistemas Públicos
Agroalimentares do MDS, Patrícia Gentil, outras ações de segurança
alimentar e nutricional dependem desse mapeamento. “Não adianta
desenvolvermos processos de educação alimentar e nutricional ou de
promoção à alimentação saudável se a população não tem acesso a esses
alimentos, seja do ponto de vista financeiro, ou no território”,
explicou.
Durante o encontro, o coordenador de
Geografia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
Cláudio Stenner, apontou que na construção do mapeamento da ausência de
alimentos saudáveis é fundamental levar em conta as diversidades do
território brasileiro. “Qualquer ação tem um territorialidade, e
queremos ajudar a desvendar onde ocorrem esses desertos alimentares,
essa geografia, para que sirva de subsídio para as políticas públicas no
futuro”, disse.
Pioneirismo – O representante da
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no
Brasil, Alan Bojanic, ressaltou que o país está dando o primeiro passo
na América Latina e no Caribe para promover a discussão de desertos
alimentares. “Já fomos requisitados sobre este tema por diversos países
da região e estamos aqui para aprender. Essa construção sobre uma
metodologia de mapeamento de desertos alimentares é significante para
nós, pois certamente iremos compartilhar com os vizinhos.”
*Por André Luiz Gomes
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