/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/7/j/gsd08QRpOsN6lmyNxg4g/terreno.jpg)
Terreno foi deixado em herança pelo "Padim Ciço' a dois santos: N. Senhora do Perpétuo Socorro e São Miguel
(Foto: Fantástico/Reprodução)
Francisco
Pereira da Silva, empresário do ramo imobiliário, foi assassinado na
manhã deste sábado (14), em Juazeiro do Norte. De acordo com a Polícia
Civil, o crime ocorreu por volta das 10h30, no Bairro Salgadinho, quando
ele foi atingido por tiros disparados por ocupantes de uma motocicleta.
O empresário estava envolvido em uma disputa judicial de bens deixados
em herança pelo 'Padim Ciço' a dois santos.
De acordo com a polícia, o empresário trafegava nas proximidades do Anel
Viário, perto da ponte sobre o Rio Salgadinho. Ao ser atingido pelo
disparos, perdeu a direção do veículo e caiu em um barranco.
O carro, que ficou parcialmente destruído, tinha várias marcas de bala e
os vidros quebrados. Francisco Pereira da Silva morreu no local. A
polícia investiga a autoria do crime e as motivações do assassinato.
Polêmica
Proprietário de dezenas de imóveis e terrenos em Juazeiro do Norte, o
empresário se envolveu em uma questão polêmica com a Igreja Católica que
foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Trata-se
da herança deixada pelo Padre Cícero Romão Batista – o 'Padim Ciço' –
para dois santos: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e São Miguel de
Juazeiro do Norte.
São terrenos e imóveis que foram doados pelos fieis ao 'Padim Ciço' e
que o deixou milionário. Em 1998, o então vigário da paróquia de
Juazeiro do Norte, Padre Francisco Murilo de Sá Barreto, decidiu vender
parte da herança dos santos: um terreno de 750 mil m², que o empresário
Francisco Pereira da Silva afirmou ter comprado por R$ 85 mil.
Localizada no Bairro São José, hoje a área está avaliada em R$ 30
milhões.
Em 2010, ao tomar conhecimento da transação imobiliária, a Diocese do
Crato entrou com uma ação na Justiça questionando a venda. “A igreja
quer reaver a sua propriedade que foi usurpada. A Diocese do Crato foi
surpreendida – no ano de 2010 – com uma transferência irregular dessa
propriedade, hoje sob litígio. Nós temos documentos oficiais que a
propriedade desses terrenos é a Diocese do Crato, a Igreja”, afirma o
advogado da Diocese do Crato, Harles Macêdo, em entrevista ao Fantástico
em 2016.
G1 CE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário