Diante
da perspectiva de redução gradual da participação da Petrobras na
cadeia de gás natural, um grupo de sete distribuidoras de gás do
Nordeste decidiu lançar, no próximo dia 14, de maneira coordenada uma
chamada pública para recebimento de propostas para aquisição de gás
natural, numa estratégia visando diversificar a compra de suprimento,
hoje centrada na estatal brasileira de petróleo. A iniciativa reúne as
distribuidoras dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba,
Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe (Algás, Bahiagás, Cegás,
Pbgás, Copergás, Potigás e Sergás, respectivamente), somando um volume
potencial de aquisição de 9,4 milhões de metros cúbicos diários de gás.
Apesar do "esforço coordenado", a iniciativa não resultará em compra
conjunta de gás natural. Cada companhia lançará seu próprio edital e
realizará a aquisição de forma individual.
“A
diversificação de supridores é fundamental para as distribuidoras
saírem da dependência da Petrobras. Além da chamada pública, o Estado do
Rio Grande do Norte também acredita na viabilidade da produção do
Biogás utilizando matrizes provenientes das atividades locais, como
criação de camarão em cativeiro, do setor sucroenergético e até mesmo da
decomposição de matéria orgânica, para obtenção do combustível”,
explicou Beto Santos, Diretor Presidente da Potigás.
O
Rio Grande do Norte possui hoje 413 mil metros de gasodutos de
distribuição para atender 22.112 clientes nos segmentos residencial,
comercial, industrial e automotivo, com a distribuição de 313 mil metros
cúbicos por dia de gás natural canalizado. Fora do eixo Rio-São Paulo, a
região Nordeste tem o maior mercado do setor de distribuição de gás. As
distribuidoras da região atendem juntas 215 mil clientes, em 98
cidades, e possuem 3.616 quilômetros de rede de distribuição, com mais
de 12 milhões de metros cúbicos vendidos por dia, o que equivale a
aproximadamente de 15% a 20% do consumo nacional. Individualmente,
porém, algumas das distribuidoras poderiam não atrair a atenção de
grandes players, o que o grupo espera que aconteça ao lançar a
iniciativa conjunta.
Pelas
regras da chamada pública, ficou estabelecido que será responsabilidade
do ofertante, na negociação com as distribuidoras, garantir a entrega
de gás no ponto de entrega de cada concessionária, o que exigirá
negociações com potenciais terceiros para acesso a terminais de
regaseificação e outras infraestruturas, condição que George Ventura,
presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de
Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), admite que pode ser
um entrave para alguns interessados. Ainda assim, o grupo trabalha com
um cronograma inicial de apresentação das propostas até novembro e
potenciais assinaturas de contratos entre janeiro e fevereiro. O início
de suprimento possivelmente será acertado a partir de janeiro de 2020. A
data leva em consideração que grande parte dessas empresas tem contrato
de suprimento com a Petrobras até dezembro de 2019.
*Com informações da Agência Estado
INFORMAÇÕES À IMPRENSA: (84) 99999-9812
Georgia Nery – Assessora de Comunicação
Talita Lucena – Analista de Comunicação
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