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Ricardo Moraes/Reuters/direitos reservados |
A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou oito pessoas pelo incêndio que deixou 10 atletas mortos e três feridos
nos contêineres usados como alojamento das categorias de base no Centro
de Treinamento do Flamengo, mais conhecido como Ninho do Urubu, em
fevereiro deste ano. Entre os indiciados estão o ex-presidente do
Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, engenheiros do clube e da empresa
responsável pelos contêineres, um técnico de ar-condicionado e um
monitor.
Os oito foram indiciados por homicídio e tentativa de homicídio com
dolo eventual, isto é, em que se assume o risco de provocar a morte. O
incêndio causou a morte de 10 atletas adolescentes que moravam no
alojamento do clube, além de deixar três feridos que tiveram de ser
hospitalizados com queimaduras.
Ao indiciar os suspeitos, a polícia considera que a estrutura do
dormitório era incompatível com a destinação, inclusive por
irregularidades estruturais e elétricas, apesar de os suspeitos terem
conhecimento de que diversos atletas da base residiam no local. O
indiciamento cita ainda ausência de reparos nos aparelhos de
ar-condicionado instalados no contêiner e o descumprimento da ordem de
interdição editada pela prefeitura do Rio de Janeiro, além das múltiplas
multas impostas pelo município por esse descumprimento.
Segundo a polícia, o ex-presidente do clube e o monitor, que não
estaria presente no contêiner, poderiam e deveriam ter agido para evitar
o resultado do incêndio. Já os engenheiros e o técnico de refrigeração
"assumiram o risco de produção do previsível resultado".
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Agência Brasil.
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