Serviços administrativos pararam 100% e atendimento a população teve redução de 30% nesta quarta-feira (3), segundo sindicato.
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Servidores da Saúde do RN paralisam atividades e montam tendas em frente à Governadoria ao Estado, em protesto — Foto: Cedida |
Servidores da rede estadual de saúde fazem uma paralisação nesta
quarta-feira (3) nos hospitais e demais unidades. De acordo com a
categoria, embora não paralise completamente os serviços, por serem de
caráter essencial, os trabalhos foram reduzidos. Os servidores cobram
pagamentos de salários atrasados, reajuste dos vencimentos e algumas
outras pautas específicas da área.
Um protesto acontece em frente à Governadoria, sede do gestão estadual,
no Centro Administrativo, em Natal. Os servidores armaram tendas no
gramado localizado próximo ao prédio onde a governadora Fátima Bezerra
(PT) despacha. De acordo com os servidores, as atividades
administrativas foram paralisadas 100%. As demais, funcionam com 70% da
capacidade.
De acordo com o Sindicato dos Servidores da Saúde, a paralisação foi
aprovada em assembleia da categoria no dia 14 de junho e também é
"contra a retirada da insalubridade da aposentadoria e o desmonte do
SUS, aplicados pelo governo de Fátima Bezerra".
Procurada pelo G1,
a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) afirmou que ainda não tem um
levantamento sobre o impacto da paralisação no atendimento ao público,
nos hospitais do estado.
Em 2018, o Governo do Rio Grande do Norte decretou estado de calamidade
na saúde pública duas vezes. Apesar de não ter acontecido renovação, os
servidores reclamam que os hospitais estão superlotados, com estruturas
físicas degradadas e com déficit de medicamentos e profissionais.
Ainda de acordo com o sindicato, o governo prejudicou a categoria
quando judicializou a greve da saúde no início do ano, anunciou
fechamento o Hospital Ruy Pereira - medida que depois foi revogada - e
agora "ameça fechar metade dos leitos do Hospital Regional de
Canguaretama".
"Estamos com os nossos salários atrasados e há quase 10 anos sem
reajuste salarial, mas a governadora só quer dar reajuste para quem já
recebe R$ 30 mil? Os servidores não aguentam mais tanto descaso, estamos
ficando doentes", afirma a diretora do Sindicato, Maria do Carmo, em
referência ao aumento de 16% concedido aos procuradores do Estado após o
aumento do salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
G1 RN.
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