Especialistas destacam falta de estrutura e prevenção como agravantes para a situação;
Levantamento mostra que números de violência sexual contra vítimas do sexo feminino cresceram 53% em cinco anos

Dados
do Ministério da Saúde, ligados ao Sistema Informação de Agravos de
Notificação (Sinan) mostraram que tivemos um aumento nos casos de
violência contra mulheres no país: A cada 4 minutos, uma mulher é
agredida. Os dados guardam relação com dados do IPEA, que mostram que a
taxa de mortes de mulheres bateu recorde, passando
de 4,5 assassinatos a cada 100 mil habitantes. Só no ano passado, foram
registrados mais de 145 mil casos de violência — física, sexual,
psicológica e de outros tipos — em que as vítimas sobreviveram.
"Isso
demonstra que é necessário que haja, urgentemente, a efetivação das
políticas públicas previstas na Lei Maria da Penha. A lei não é somente
repressiva, ela também denota a importância da prevenção, portanto a
questão da educação e outros pontos são fundamentais para se contrapor a
este
quadro de violência extrema", destaca o advogado, doutor em Direito e
Processo Penal e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie,
Edson Knippel.
Com
visão semelhante, o especialista em Direito e Processo Penal, Rogério
Cury, também professor do Mackenzie, destaca que a lei, criada em 2006,
trouxe uma nova estrutura e, consequentemente, um avanço legislativo
fundamental no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher,
mas é necessário, ainda, um esforço muito maior
do estado para que se faça, efetivamente, valer tudo aquilo que a Lei
Maria da Penha, acertadamente, prevê para que essas mulheres sejam
melhor atendidas".
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