Premiados
no Desafio Criativos da Escola 2019, alunos desenvolvem jogo de
tabuleiro e ressignificam a história regional para moradores e turistas;
pela segunda vez, iniciativa do Rio Grande do Norte é representada na
premiação
O
monumento "Galo Branco", peça artesanal com 12 metros de altura no
centro de São Gonçalo do Amarante (RN), é um importante símbolo do
folclore Norte-Rio-Grandense. Apesar de a grande ave chamar a atenção
dos alunos do Centro Estadual de Educação Profissional Dr. Ruy Pereira
dos Santos, por estar instalada no caminho para a escola, os
jovens desconheciam sua origem. Com o apoio dos professores, o grupo
visitou o Mercado Municipal de Artesanato da cidade para descobrir o
significado da escultura. Nascia ali o projeto "Missão Galo" de resgate e valorização da cultura potiguar, um dos premiados na 5ª Edição da premiação Desafio Criativos da Escola, de 2019,
iniciativa do Instituto Alana.
Durante
a visita, os estudantes descobriram a origem das quartinhas (jarrinhas
de barro) em formato de galo, usadas para armazenamento de água. Depois,
souberam que uma artesã local, conhecida como Dona Neném, deu seu toque
especial ao objeto ao decorá-lo com as rosinhas. Ao entenderem que o
galinho, mais do que um item de decoração, era um objeto
folclórico e cultural, os alunos sentiram que era preciso multiplicar
esse conhecimento com a comunidade e com os turistas. Formaram, então, o
"grupo do Galo", que deu origem ao jogo lúdico "Missão Galo",
um tabuleiro que recria o mapa da cidade e seus pontos turísticos e
conta a história da ave, e também resultou na produção de um curta-metragem que narra a história de São Gonçalo do Amarante.
Todo
esse conhecimento adquirido por meio de pesquisas para a construção do
jogo fez com que os alunos se apoderassem sobre sua própria cultura,
ampliando a sensação de pertencimento e reconhecimento de suas
identidades. Atualmente, os estudantes apresentaram uma nova versão
digital do jogo à Secretaria Municipal de Educação, que pretende
fazer dele uma ferramenta pedagógica em todas as escolas da rede pública
da cidade. Enquanto isso, o grupo continua visitando outras
instituições de ensino para semear, além das curiosidades, o sentimento
de pertencimento de suas origens para outras crianças e jovens.
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