Novas manchas de óleo foram encontradas em praias do litoral sul do
Rio Grande do Norte. De acordo com o Instituto de Desenvolvimento
Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), os pontos
mais críticos foram as praias de Búzios e Tabatinga.
Também foram detectados vestígios de óleo nas Praias do Amor e do
Giz, ambas em Tibau do Sul; em Camurupim, no município de Nísia
Floresta; e em Pirangi do Norte, em Parnamirim. Ainda segundo o Idema, a
Organização não Governamental (ONG) Oceânica afirma ter identificado,
durante mergulhos na área dos Parrachos, em Pirangi do Norte, "pequenas
manchas flutuantes" de óleo.
Nota divulgada no final da tarde deste domingo (27) pelo Grupo de
Avaliação e Acompanhamento (GAA) do governo federal informou não terem
sido encontrados “indícios de novas manchas de óleo chegando à costa”. A
expectativa é de que até o final de hoje (28) um novo levantamento seja
apresentado pela Marinha. O GAA pede que a população ligue para o
número 185, caso encontre óleo em alguma praia.
Formado por Marinha, Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o
GAA conta hoje (28) com a ajuda de oito navios e 6 aeronaves atuando
nos distritos navais de Salvador (BA) e Recife (PE). As ações de
monitoramento e limpeza das praias nordestinas conta com a colaboração
de 28 equipes do Serviço de Tráfego Aquaviário.
De acordo com o Departamento de Imprensa da Marinha, há
aproximadamente 1.940 pessoas envolvidas nas ações de hoje. Destas,
1.159 são da Marinha, 287 do Exército, 56 do Ibama, 91 do ICMBio e 347
da Petrobras.
Desde o dia 26, o comitê que dá suporte ao monitoramento das manchas
de óleo que têm afetado as praias brasileiras está funcionando em
Brasília, em vez de no Rio de Janeiro. Segundo a Marinha, a mudança tem,
por objetivo, ampliar a capacidade de combate e coordenação.
“A extensão da área afetada, a duração no tempo e as características
de dispersão do óleo desse crime ambiental inédito no país exigem
constante avaliação da estrutura e recursos empregados. Assim, o aumento
do efetivo e dos meios no combate às manchas de óleo e a transferência
do GAA para as instalações do Centro de Operações Conjuntas, na sede do
Ministério da Defesa, em Brasília, visam ampliar a capacidade de combate
e coordenação”, informou o departamento da Marinha.
Em entrevista concedida no sábado (26), o almirante de esquadra
Leonarndo Puntel disse que o governo federal notificou 11 países
cobrando esclarecimentos sobre 30 navios mapeados dentro da investigação
sobre a origem do vazamento de óleo. A investigação trabalha com a tese
de que o responsável teria sido um navio-tanque.
A apuração inicial avaliou 1.500 embarcações e afunilou a análise
para 30 veículos marinhos de 11 países. Os 30 navios estão entre os que
passaram pela costa do Nordeste no período, identificados por fazerem
comunicações por sistemas marítimos. Os investigadores calculam que o
vazamento teria ocorrido no mês de agosto, com o óleo chegando às praias
no fim daquele mês.
Não está descartada a possibilidade de que o episódio tenha sido causado por embarcações não oficiais, denominadas dark ships.
Neste caso, contudo, a apuração será mais complexa e terá de envolver
outras fontes de informação, como análise de imagens de satélite.
MPT cria grupo para apurar impactos
O Ministério Público do Trabalho informa que o procurador-geral,
Alberto Balazeiro, instituiu hoje (28) um grupo de trabalho “para apurar
os impactos na saúde e na economia de trabalhadores afetados pelo
vazamento de óleo no litoral brasileiro”. O grupo ficará sob a
coordenação da procuradora Flávia Bauler.
Agência Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário