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Estudantes de Mossoró receberam prêmio no último sábado (16), em São Paulo — Foto: Divulgação/Sapientia Olimpíada do Futuro |
Cinco estudantes de Mossoró, no Oeste potiguar, foram os vencedores das
Olimpíadas do Futuro, que foca em iniciativas ligadas a problemas
enfrentados no século XXI. Eles desenvolveram um canudo comestível e
biodegradável à base de mandioca e cera de carnaúba. A premiação
aconteceu no último sábado (16), em São Paulo, SP.
Desenvolvido pelo grupo Biotinga, formado por cinco alunos do ensino
médio de uma escola da cidade, o canudo biodegradável demorou cerca de
dois meses até chegar na forma final, que conta com mandioca e cera de
carnaúba como principais ingredientes, matérias-primas nativas e
abundantes na região Nordeste.
Comestível, o produto pode ter vários sabores, que são definidos na
hora de fazer a massa. Os canudos podem ser de chocolate, uva, chiclete,
menta, maracujá, baunilha e neutro, que não tem sabor. O processo de
fabricação dura até seis horas. De acordo com o grupo, foram dois meses
pesquisando, procurando ideias e fazendo testes até chegar ao produto
final.
A estudante Ana Beatriz Oliveira, que participou do projeto, disse que o
grupo inteiro ficou muito emocionado na hora do anúncio. "A gente se
sentiu muito feliz ao ver nosso trabalho reconhecido. Não só pelo
primeiro lugar, mas pelas respostas que nos deram sobre o projeto",
lembrou.
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Estudantes de Mossoró desenvolvem canudo biodegradável e comestível — Foto: Cedida |
A estudante apontou que o próximo passo é melhorar o processo de
fabricação, para aumentar o volume e diminuir o tempo. "Assim vamos
conseguir difundir a ideia [do canudo comestível]", projetou.
Segundo João Victor Andrade, um dos participantes do projeto, a equipe
recebeu vários contatos nas redes sociais com pessoas interessadas no
produto. "A gente sempre fala 'calma, que a estamos disponibilizando
para venda'. Quem sabe para o Brasil inteiro", disse.
De acordo com a estudante Hellen Medeiros, que também participou do
projeto, agora a próxima etapa é produzir os canudos em maior
quantidade. "A gente tá tentando ver a logística do local para fazer os
canudos, comprar materiais para produzir e colocar a ideia para frente",
adiantou.
Segundo lugar também é do RN
A equipe que ficou em segundo lugar nas competições também é de
Mossoró. O grupo Melíponas da Mata-Branca desenvolveu um projeto para
conscientizar a população da preservação da Melipona subnitida, uma
espécie de abelha sem ferrão, encontrada no Nordeste brasileiro.
O projeto também contempla a construção de hortas consorciadas com
colmeias nas escolas participantes, onde os alunos e a comunidade
poderão aprender sobre a Jandaíra e as características terapêuticas de
seu mel.
Virgilio Luna, líder do grupo responsável pelo projeto, disse que o
projeto já recebeu apoio de uma ONG e de meliponicultores - criadores de
abelhas sem ferrão - de Mossoró e da Associação de Meliponicultores
Potiguar (Amep). Os estudantes entraram em contato com a prefeitura de
Portalegre, no interior do Rio Grande do Norte, para aplicar o projeto
em seis escolas do município.
A competição
A Olimpíada foi composta por duas fases online com questões de múltipla
escolha e prova discursiva baseadas nos 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável da ONU. As provas também conectaram as disciplinas
curriculares com habilidades e competências atuais e ligadas ao século
XXI, como Economia, Sustentabilidade, Direito, Linguística, e a vertente
STEAM, sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e
Matemática.
Foram mais de 3 mil inscritos. Na terceira fase, os 21 líderes das
equipes tiveram acesso a um programa de mentoria com equipe
multidisciplinar para aprimorar os projetos.
G1 RN.
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