Bolsa de valores tem segundo dia seguido de recuperação

Em mais um dia de
oscilações no câmbio, o dólar subiu novamente e voltou a fechar no maior
valor nominal desde a criação do real. Nesta terça-feira (18), o dólar comercial encerrou a sessão vendido a R$ 4,358, com alta de R$ 0,029 (+0,66%).
Foi o segundo dia seguido de valorização da
divisa, que operou em alta durante toda a sessão. Desde o começo do ano,
o dólar acumula valorização de 8,6%.
O Banco Central (BC) não tomou novas medidas para segurar a cotação. Hoje, a autoridade monetária leiloou US$ 650 milhões para rolar (renovar) contratos de swap cambial
– que equivalem à venda de dólares no mercado futuro – com vencimento
em abril. O leilão faz parte da rolagem de US$ 13 bilhões de swap que venceriam daqui a dois meses.
No mercado de ações, o dia também
caracterizou-se pela turbulência. O índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa
de Valores de São Paulo), encerrou esta terça-feira
aos 114.977 pontos, com recuo de 0,29%. O indicador operou com queda
superior a 1% durante boa parte da sessão e recuperou-se no fim da
tarde, mas em ritmo insuficiente para reverter a baixa.
Nas últimas semanas, o mercado financeiro em
todo o mundo tem atravessado turbulências em meio ao receio do impacto
do coronavírus sobre a economia global. A interrupção da produção em
diversas indústrias da China está afetando as cadeias internacionais de
produção. Indústrias de diversos países, inclusive do Brasil, sofrem com
a falta de matéria-prima para fabricarem e montarem produtos.
A desaceleração da China também pode fazer o
país asiático consumir menos insumos, minérios e produtos agropecuários
brasileiros. Uma eventual redução das exportações para o principal
parceiro comercial do Brasil reduz a entrada de dólares, pressionando a
cotação.
Entre os fatores domésticos
que têm provocado a valorização do dólar, está a decisão recente do
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a taxa
Selic – juros básicos – para 4,25% ao ano, o menor nível da história.
Juros mais baixos desestimulam a entrada de capitais estrangeiros no
Brasil, também puxando a cotação para cima.
Agência Brasil.
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